Portifólio Eletrônico

Parque Estadual da Serra do Mar
Núcleo Caraguatatuba

A região do litoral norte do Estado de São Paulo é privilegiada com belas paisagens. As encostas da Serra do Mar cobertas pela Mata Atlântica, a grande planície litorânea e o mar azul compõem a vista panorâmica no caminho para Caraguatatuba.
Grande parte da vegetação que forma esse cenário pertence ao Núcleo Caraguatatuba, do Parque Estadual da Serra do Mar. Com 315 mil hectares, desde a divisa de São Paulo com o Rio de Janeiro, até o município de Itariri no sul do Estado, passando por toda a faixa litorânea, o Parque representa a maior porção contínua preservada de Mata Atlântica do Brasil.
O Núcleo Caraguatatuba integra a rede de Unidades de Conservação, administrada pela Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo através do Instituto Florestal. A área passou a ser um Núcleo do Parque Estadual da Serra do Mar em agosto de 1977, o primeiro do litoral norte e um marco na história da preservação da Mata Atlântica na região. A área de abrangência é de cerca de 88.000 Ha.

As Belezas da Mata Atlântica

Além das fontes de água pura, as matas do Núcleo são refúgio para uma fauna diversificada formada por macacos, antas, capivaras, catetos, jaguatiricas, pacas e até onças pintadas.
A avi-fauna é riquíssima. As sinfonias dos tangarás, saíras, pintassilgos, sabiás e companhia, podem ser ouvidos por todo o Núcleo e especialmente junto às trilhas de visitação.
Jequitibás, canelas, cedros, jatobás, ipês, guapuruvus e multicoloridos manacás-da-serra, são algumas das árvores que caracterizam a riqueza da floresta perene úmida de encosta.
Espalhada pela Serra do Mar e chegando até os picos mais altos, a floresta abriga e mantém inúmeras nascentes que formam os riachos e córregos de água pura que fazem parte de importantes bacias hidrográficas, como as dos rios Pardo, Guaxinduba e Claro.
As águas desses rios abastecem milhares de moradores e turistas no município de Caraguatatuba e parte do município de São Sebastião.

Projeto de Preservação

Desde 1995, o Núcleo Caraguatatuba vem recebendo recursos financeiros, veículos, equipamentos e outras formas de apoio do Projeto de Preservação da Mata Atlântica, PPMA.
A melhoria na infra-estrutura operacional e administrativa, o treinamento e capacitação dos técnicos, estão possibilitando melhorar a eficiência na fiscalização e no desenvolvimento dos programas de educação ambiental e ecoturismo.
O Projeto de Preservação da Mata Atlântica no Estado de São Paulo (PPMA) tem como principais objetivos a conservação e manejo sustentável da biodiversidade.
A estrutura do PPMA:
O Projeto de Preservação da Mata Atlântica no Estado de São Paulo está estruturado em 4 Componentes:
Fiscalização: Visa a fiscalização dos recursos naturais.
Consolidação das Unidades de Conservação: Visa a implantação das Unidades de Conservação (UCs), administradas pelo Instituto Florestal, que integram o PPMA.
Apoio aos Componentes: Planeja as ações para a implantação das UCs através dos Planos de Gestão
Coordenação Geral e Consultoria: Gerencia e a articula geral do Projeto, de modo a viabilizar e acompanhar as ações, bem como aferir os resultados técnicos e financeiros.

As Trilhas

São duas as trilhas (do Jequitibá e do Poção) do Núcleo Caraguatatuba do Parque Nacional da Serra do Mar.
A Trilha do Jequitibá, com pouco mais de 1 km, é fácil de ser percorrida. O visitante vai encontrar muitas espécies de árvores como jequitibás centenários, observar pássaros e entender um pouco como todos os elementos da floresta são importantes para a sobrevivência do conjunto. Depois de 15 minutos de caminhada, margeando o Ribeirão Santo Antonio, um mergulho nas águas claras de uma piscina natural é irresistível.
A Trilha do Poção leva o visitante ao interior da floresta, mata mais fechada onde é grande a diversidade de palmitos. Um dos símbolos mais ameaçados da Mata Atlântica, o palmito é fundamental no equilíbrio da floresta. Um pouco de sorte e o visitante vai ver algumas das inúmeras espécies de aves que se alimentam dos seus frutos, como tucanos e jacutingas. No final da trilha, uma piscina natural formada pelas águas do Ribeirão do Ouro aguarda o visitante. Com 3.500 metros, a trilha pode ser percorrida em três horas (ida e volta).

Dicas e Cuidados

Entre em contato prévio com a administração da área que você vai visitar para tomar conhecimento dos regulamentos e restrições existentes.
Informe-se sobre as condições climáticas do local e consulte a previsão do tempo antes de qualquer atividade em ambientes naturais.
Viaje em grupos pequenos de até 10 pessoas. Grupos menores se harmonizam melhor com a natureza e causam menos impacto.
Evite viajar para áreas mais populares durante feriados prolongados e férias.
Certifique-se de que você possui uma forma de acondicionar o seu lixo (sacos plásticos), para trazê-lo de volta.
Escolha as atividades que você vai realizar na sua visita conforme o seu condicionamento físico e seu nível de experiência.
Tenha certeza de que você dispõem do equipamento apropriado para cada situação. Leve sempre: lanterna, agasalho, capa de chuva e um estojo de primeiros socorros, alimento e água, mesmo em atividades com apenas um dia ou poucas horas de duração.
Mantenha-se nas trilhas pré determinadas – não use atalhos que cortam caminhos. Os atalhos favorecem a erosão e a destruição das raízes e plantas inteiras.
Respeite os animais e plantas: Observe os animais à distância. A proximidade pode ser interpretada como uma ameaça e provocar um ataque, mesmo de de pequenos animais. Além disso, animais silvestres podem transmitir doenças graves.